25) Meus amigos que me prestigiam com suas leituras,
A cada crônica, eu sinto um certo compromisso de justificar minha postura, especialmente quando a julgo inadequada, no entanto em se tratar de um conto de algo que verdadeiramente já aconteceu, não cabe mais se desculpar, não tenho mais o "alvo" da ocorrência para minhas, ainda que sinceras escusas.
Nessa crônica de hoje que leva esse título merecidamente, não tenho "culpa em cartório" e se tiver, o único é de ter levado comigo dois elementos, ou melhor, dois amigos que fizeram toda a fuzarca de que tanto me envergonho. Não fossem esses dois amigos que mantive por toda minha vida [o Gordo já nos deixou em agosto de 2018] de valor tão alto, talvez já os tivesse esquecido e no embalo dos esquecimentos os teria abandonado também. Nada disso. São autênticos "Amigos para Sempre", sem ser piegas, mas amigos valorosos que jamais serão esquecidos, Graças a Deus!
25) Humor Negro.

Então, quando Maior
de Idade sempre me fiz acompanhar de um ou dois amigos, para que o trabalho se
misturasse com divertimento, e era. Nesse dia estava comigo o Gordo, que assim o
chamávamos pela sua forma arredondada e o Kolvinko. Todos com uns dezoito anos
de idade. Na saída da Cidade de Santiago tinha um boteco de um senhor que tivera um mal na
garganta, lhe tirando o som da fala. Respirava por um terrível cano na garganta
e por ali emitia alguns sopros que pela força do hábito, eu até entendia como se
houvesse o precioso som de sua voz. Algo tétrico.
Sempre que o atendi, saía de lá deprimido. Neste dia antes de entrar na loja, adverti aos amigos da situação, para que eles não se surpreendessem e nem fizessem qualquer tipo de manifestação. Evitem olhar, que é melhor! Após os cumprimentos de praxe, perguntei se precisava de alguns de nossos cigarros ao que ele prontamente respondeu com sons que se confundiam com silvos ou discretos assovios, tipo um:
- Pfih, pfih, pfih..
Era apenas algum deslocamento de ar naquele caninho de seu pescoço, acostumado entendi. Olhei para os "meus ajudantes" e falei em alto em bom tom:
- Três pacotes de Tufuma, dois de Paquetá e um BR!


Com a Graça do Criador,
é que esse senhor, viveu ainda por mais de trinta anos!!!
Conheci esse senhor,a dificuldade era grande,um pouco de pena,um pouco risível,mas gurizada se perdoa,porque adultos,sentirão,e sentiram o mal feito.hehe.
ResponderExcluirLembro muito do caminhãozinho verde... E adorava dar uma voltinha de carona com o tio Waldemar. Qto ao fato imagino tua situação com os moleques. Hj, boas recordações...
ResponderExcluirQue saia justa, segurar o riso é um sufoco. A cena do tubo na garganta é deprimente e a voz meio metálica , difícil de entender. Mas quem não está habituado com a cena, dá nisso, ou fica petrificado ou com acesso de riso. Coisas da juventude, boas recordações...
ResponderExcluirSituação complicada do meu amigo Fausto
ResponderExcluirAs risadas naquela idade são plenamente comprensíveis e perdoáveis. Reação típica de gurís, que na sua ingênua infância viam graça em tudo, sem se preocupar com maiores preconceitos e responsabilidades, mas, com certeza, sem qualquer maldade.
ResponderExcluirGosto da História da compra da sua bicic leta conta para nós.
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