quarta-feira, 6 de abril de 2022

Epílogo

Epílogo:

Meus queridos Leitores, hoje encerro esse ciclo de contos, propositadamente na nonagésima nona crônica. O número é estratégico, pois se encerrasse com cem, pareceria um triste final. O número cem é definitivo. Contundente, mas não quero assim. Como nada na Vida deveria sê-lo. Que tudo seja passageiro. Que mantenhamos a fé e esperança num amanhã com novidades! Quero provocar a vontade de ler mais e a mim, a vontade de escrever eu um pouco mais. Desde a primeira crônica meu propósito foi o de rir, em especial rir de mim mesmo. Escrevi as primeiras linhas dessas crônicas afirmando exatamente isso, de quão gostoso é o de fazer piada consigo. Não acho nada engraçado quando vejo alguém que se julga superior fazer uma “gozação” sobre outro. Para mim esse é o típico arrogante chato.

As primeiras trinta crônicas, comecei a escrevê-las, em 20 de abril de 1999, lá se vai quase um quarto de Século, mas que estavam adormecidas no “word” do meu computador. Foi meu amigo – amigo há mais de cinquenta anos - Dirceo Luiz Stona, que me motivou a publicá-las, talvez até em livro. Duvidei que alguém o comprasse e ainda duvido. No entanto foi ele quem insistiu e criou esse “blog” para mim, e ainda trazendo na sequência, as figuras que ilustram cada conto. Dirceo é o alvo do meu primeiro “muito obrigado”!

Depois de publicar esse primeiro bloco repaginado, também foi dele a ideia de eu buscar em minha memória alguns outros momentos hilários da minha vida e de mais algumas pessoas. Pois em 07 de maio de 2020 quando minhas funções cognitivas começavam a se anestesiar em função do Covid19, retornei ao teclado a escrever e garanto que me diverti muito! Como afirmei acima, é bom rir de si mesmo, experimentem, quem não passou por um “mico” e o esconde? Solte-o. Conte para mais gente. É construtivo!

Na época em que vivenciei as experiências relatadas, tive momentos ruins, penosos e creiam-me, até de fome, ou pelo menos com muita vontade de comer, como relato na décima crônica, o “Galinha na Farofa”. Pois aprendi que escrevendo se reverte os maus momentos com alegria ou ainda como alguém escreveu um dia: “Quando se segue a Natureza das coisas, não existe sombra. Até a tristeza é luminosa. Ela não é sua inimiga, acolha-a, e então perceberá a sua necessidade. Com ela, você será mais, não menos. Se você transformar sua tristeza em celebração, então será capaz de transformar sua própria Morte em Ressureição”!

Os relatos, são fatos reais. Raros os que não estou no contexto. Os personagens que me acompanharam, “disfarcei” seus nomes reais com a intenção de preservá-los com apelidos da época ou simplesmente insinuando através de codinome assemelhado ao seu nome verdadeiro, afinal de contas o título de “Crônicas de um Ridículo”, trata de um ridículo principal e único, eu mesmo!

Estatística: As noventa e nove postagens provocaram 14.693 acessos e 1.027 gentis comentários e foram precisamente esses números que me motivaram a permanecer escrevendo a cada semana uma passagem pela Vida! Aos que leram e em especial aos que me dedicaram linhas de comentários, são também alvo de meu segundo agradecimento sincero! Toda obra tem uma vítima e dessas crônicas a vítima é a Elaine, minha esposa, obrigada a ler todas crônicas antes da publicação e responder com um sorriso apoiador ou uma “cara amarrada” de desaprovação e até repreensão! Mesmo assim, eu as publicava integralmente como o original, afinal de contas sou Diefenbach, um típico alemão teimoso! A ela o terceiro e não menos importante agradecimento!

É provável que em um novo “blog” no futuro ou finalmente um livro sério, eu venha a publicar com algo que também já tenho escrito com o título “Paixão de um Paraquedista”! Esse não é crônica, é uma História Completa e Verdadeira de um período grave da minha vida envolvendo o apaixonante esporte do para-quedismo – por óbvio – permeado com um sério acidente que me abateu demais. Momento em que é produzido um giro de 180 graus na minha vida. Mistura de drama com lágrimas, sangue, centro cirúrgico, hospital e um fraterno acolhimento pelos que me amam! Ter um Familiar ou um Amigo ao nosso lado é algo muito especial. Muito rico. É na hora difícil de enfermidade, angústia, dúvida e tristeza que percebemos de forma nítida a importância de ter alguém que se importe conosco, que segure nossa mão.

Depois de hospitalização etc., um desafiante recomeço, até o de reaprender a caminhar! Mas isso tudo fica para mais adiante, no livro, eu prometo! 

O blog estará disponível a todos que queiram ler as postagens antigas - desde o primeiro - pelo tempo que o Sistema permite, isto é, longo tempo... Para isto basta acessá-lo na forma convencional e ir comandando os recuos informados na tela.

Então, com um fraternal abraço, agradeço a todos com um até breve!


Fausto Gastão Marchiori Diefenbach

Porto Alegre, 07 de abril de 2022.