129) E a Água Invadiu Minha Casa...
Assim está nossa
meteorologia, avisando do desequilíbrio por nós provocado à nossa desrespeitada
Mãe Natureza! Mãe? É. Mãe sim que tudo nos dá e que a maltratamos tanto! Os
ingênuos respondem: “Oque que eu fiz?” Fez muito e deixou de fazer mais ainda!
Não bastaria uma singela crônica de escrita semanal como essa, para descrever todos os
crimes que cometemos. Seria um livro inteiro, uma biblioteca!
A passos lentos, mas
contínuos temos caminhado rumo a destruição da nossa própria casa, que o
Eterno nos deu para vivenciar a Passagem Terrena! O Humano sempre foi o predador
mais perigoso e cruel de todos. Único ser que mata friamente seu semelhante sem
sequer saber a razão de seu assassinato. Assim é a quase totalidade dos
Soldados envolvidos em guerras, ao longo de toda a História!
Desde que a Humanidade
surgiu no Mundo em forma de Civilização, questionou o Planeta em que vive. O
tema que mais aparece na maioria dos mitos e História dos Povos Antigos, é sobre a Força
da Natureza e seu significado. Os raios, trovões, relâmpagos e tempestades
sempre fascinaram e amedrontaram, por milhares de anos até os dias de hoje.
A História nos relata um enfrentamento antigo, quando povos do Oriente, acreditavam que os raios eram sinais de cólera dos deuses contra o Homem. O medo impunha respeito e reverência. Quando em guerra, em caso de raios e trovões, a batalha era interrompida por todos, que se curvavam em temor aos deuses enfurecidos.
Com essa reverência em situação de ameaça, se eleva em grande crescimento de poder a Genghis Khan (1.160 - 1.227). Sanguinário fundador do Império Mongol. Numa batalha decisiva, enfrenta inimigo com tropa de três soldados por um de seu exército. Início de batalha, temporal violento e todos baixam suas cabeça. Genghis Kahn, sem temor, comanda sua tropa a levantar a cabeça, se erguer, e avançar decapitando a todos seus oponentes e se torna assim comandante do maior exército da História da Humanidade, correspondente a um terço da população masculina de toda a Terra!
Não pode ser a violência da resposta da Natureza, que nos dá ao exemplo dos raios, somente ameaça, é também fonte criadora gerando ensinamento. Foi assim descoberta a eletricidade e sua vital utilidade. Tudo parece harmônico sob essa visão. Claro que a realidade em que vivemos, é do que fazemos ou recebemos, pois o custo e seu pagamento acontecerá, mais cedo ou mais tarde!
Nessas últimas semanas
do Inverno Gaúcho, sem o propósito de ser recorrente, mesmo sendo, o Rio Grande do Sul paga com severo custo tudo aquilo que
pecamos contra o solo e a atmosfera. As tempestades chegam furiosas e
destruidoras. Cidades inteiras sucumbem avassaladoramente e choram sob escombros
que nos sãos devolvidos com a marca da morte e da imposição da miséria
instantânea.
Urge que o Poder Público – não necessariamente o Governo - se posicione na reconstrução e o reposicionamento da Paz a esse povo sofrido, no entanto, uma força paralela se faz necessária mesmo que a longo prazo, para que a cultura, a educação do Povo assuma sua grande parcela de responsabilidade em tudo o que acontece ao seu redor. É um trabalho hercúleo que exigirá muitos anos, certamente décadas a colocar o cidadão a pensar no seu posicionamento e responsabilidade diante de catástrofes ecológicas. Será que aprenderão onde joga seus dejetos caseiros? E o lixo das empresas?
Aos ribeirinhos o peso maior, porque serão precisamente essas Famílias as que pagarão a quota mais cara. Tudo o que escrevo é mera filosofia? Talvez sim. Cometo esse devaneio como fruto de um refletir e o pensar honesto de que todos devemos arregaçar as mangas e FAZER! Não tenho autoridade nem sabedoria suficiente para escrever O QUE FAZER, mas tenho a visão de que não podemos sentar e comodamente ver “a água passar”, literalmente!
E o título dessa crônica: “E a Água Invadiu Minha Casa”, é verdadeiro? Sim. Problema antigo do meu bairro em Porto Alegre. Algumas "chuvaradas" invadiram casas justo num bairro que fora projetado há pouco mais de cinquenta anos, com a "devida precaução" às variações climáticas, no entanto insuficientes a nos brindar com a segurança necessária.
Felizmente a Prefeitura de Porto Alegre corrigiu recentemente, pelo menos em minha rua e cercanias. Minha rua, meu bairro teve uma obra gigantesca de drenagem, vindo de um projeto antigo com investimento vultosíssimo inteiramente acabado, eficiente e não alaga mais! Só a crítica azeda não ajuda. Deve-se reconhecer quando somos atendidos e por que não cumprimentar a quem executou a obra. Entretanto - sempre tem um entretanto - represento apenas uma célula de um organismo enorme e convalescente que necessita atendimento de urgência!