134) Porte de Arma de
Fogo!
Estamos aqui diante de um assunto polêmico, mas de grande relevância e necessária discussão, estudo e deliberação. Se sou contra ou a favor, me revelarei logo adiante, afinal de contas, “quem escreve, obrigatoriamente deve ter um lado”! Ouvi essa frase recentemente na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, quando concedeu ao brilhante Jornalista Alexandre Garcia, o título de Cidadão Porto Alegrense, no que adotei - a frase - orgulhosamente!
Primeiro e importantíssimo quesito é o de “saber atirar” e para isso, se multiplicam as Escolas de Tiro à nossa disposição, onde a habilidade de manuseio e tiro é ricamente estudado para eliminar riscos de acidente por mau uso do equipamento, isso sim, letal. Desde guri, já publiquei crônica nesse canal, pratiquei o tiro acompanhando meu pai, Waldemar Diefenbach na caça a perdizes, permitida na época e de resultado gastronômico invejável!
O “gostar” de atirar também é fundamental, pois meu caso de atração e intimidade
com armas de fogo sempre foi muito presente. Período de Serviço Militar, enquanto servi ao Exército no Quarto Regimento de Cavalaria em
Santiago-RS, os dias de exercício de “linha de tiro”, eu fazia com grande
alegria e resultados compatíveis ao entusiasmo. As linhas de tiro com Mosquetão
Mauser 7.62x51 mm, de fabricação Tcheca, alinhavam vinte soldados com seus
alvos individuais à uns cem metros à frente.
Essa arma era de grande potência e precisão. Seu disparo ocasionava um forte recuo da soleira da coronha, que se não estivesse bem posicionada junto ao ombro, o “coice” era enorme. Os meninos não iniciados sofriam pancadas a ponto de ter seus ombros roxos e doloridos. Alguns desses colegas no momento dos tiros - todos deitados – faziam questão de se colocar ao meu lado para que eu usasse suas munições e alvejasse seus alvos, poupando-os do dolorido “roxeamento” de seus ombros e conquistando “pontuações convenientes”! Muitas vezes "seus alvos" obtinham pontuação curiosamente "melhores que os meus"... Nessa época, não se usavam protetores auriculares e o estampido, ensurdecedor. Parecia que o eco ficava retido dentro do capacete e pasmem, até isso eu gostava. Ainda sinto saudades daquele cheiro de pólvora que inundava o nariz e fazia sentir uma sensação de enorme poder! Como dizem modernamente: "Pleno Empoderamento"!
Registro com firme convicção, a minha aprovação de que o Cidadão Brasileiro
deva ter seu Direito de possuir uma arma de fogo. Que a posse seja dentro da sua
propriedade e cumprido todos requisitos legais e em especial de ser exaustivamente treinado para seu
uso. Definitivamente importante é de não ter medo do equipamento. Desenvolva "intimidade" com a arma. Precisa "chamar sua arma de tu!" Se ela o
assusta, nem toque. Fique longe!
Razões para o uso desse direito são muitas a começar pela atual violência
reinante na nossa Sociedade, em que o Estado não tem estrutura suficiente para
proteger seu Povo, impondo a ele, a necessidade de se defender com suas
próprias mãos. Sem o exagero americano de portar arma de guerra em público e de maneira
visível, ostensiva.
Na Suíça, onde seu Povo é pacífico e ordeiro, o Cidadão ao cumprir seu
Serviço Militar, leva para sua casa a arma que possuía enquanto militar. Assim
sendo, sem o custo incalculável à Nação de manter uma Força de Defesa Nacional
caríssima, assim, tem em cada Cidadão, um Militar de Reserva pronto e habilitado para eventual ação bélica de defesa, que sua Pátria necessite.
Charlton Heston – ator americano - afirmava: “Não existem armas boas ou
armas más. Qualquer arma nas mãos de um homem mau é coisa ruim. Qualquer arma
nas mãos de uma pessoa decente não é ameaça para ninguém – a não ser para as
pessoas más!”
Armas de fogo são instrumentos de materialização da vontade de quem a
utiliza, portanto, armas não matam pessoas. Pessoas é que matam pessoas. Sim.
Eu quero, todos querem a Paz! Mas devemos estar preparados a nos defender, daqueles que não a querem!
Até os Anjos portam espadas e não flores, isto é, nosso Deus reconhece que nem tudo se resolve na conversa!
Muito bom!!
ResponderExcluirGostei de ver, o mosquetão MAUSER -CAL. Am7.62
Arma usada pela cavalaria hipomovel. Um pouco mais curta que o fuzil MAUSER 1911.
Gostei de chamar tua arma de tu
ResponderExcluirCrônica sempre boa de ler! Temos pontos de vista bem diferentes, já sabes! Mas nos respeitamos e tu escreves mto bem, mesmo não concordando com tua opinião!
ResponderExcluirBeijos, Lina
Muito bom Fausto!!!
ResponderExcluirCom um mauser nas mãos foi abatido na av Atlântida em 1922 Octávio Augusto Cunha Corrêa acompanhando Siqueira Campos no movimento de Os 18 do Forte
ResponderExcluirParabéns! Mais uma bela crônica! Bidart
ResponderExcluirOCTÁVIO era de Quarai e foi o único civil morto no confronto com o exército brasileiro naquele movimento. ABRAÇO MAURO
ResponderExcluirMuito bom, noas recordações ! Servi no 7° Regimento de Infantaria, em Santa Maria , os detalhes dos exames de tiro ! Os fuzis theco, no dia eram novíssimos , motivo do violento coice. Pq os de instrução usados, nos exercícios , eram velhos da 2° guerra! E se déssemos algum tiro com eles imediatamente travava todo ! Comprados e pagos com café, na época da fome na Europa !!
ResponderExcluirMuito boa tua crônica e sensato teu posicionamento sobre armas de fogo !
ResponderExcluirMuito bem colocada a tua ideia, pela minha ótica, o homem emprega a arma com um objetivo, a arma dispara o projétil em direção ao tal objetivo, o projétil atinge ou não o objetivo, se atinge o objetivo, o qual é um ser vivo, ele provoca um ferimento, esse ferimento poderá ser fatal ou não, depende da vontade de Deus. Já vi pessoas atingidas por diversos projéteis e por vontade do Criador sobreviveram aos ferimentos. Abç meu amigo.
ResponderExcluirMuito boa a crônica. Estou de acordo com o seu posicionamento.
ResponderExcluirSou do tempo que uma boa conversa e puxada de cabelo resolvia. Mas hoje infelizmente a população está sem direito a segurança e sem poder fazer sua defesa.
ResponderExcluirPARABÉNS MEU IRM.'. Excelente crônica. Me fez voltar no tempo. 1969 - também em Santiago no 19° GAC e, depois no BB em diversas cidades de diversos Estados brasileiros. Quando não há respeito melhor que haja medo.
ResponderExcluirBeleza Fausto. Elton Penna
ResponderExcluirTambém estava lá vendo o Alexandre Garcia receber o título de cidadão porto-alegrense das mãos da Comandante Nádia, uma política que diariamente defende os valores da família, empreendedorismo, meritocracia e o direito à Autodefesa, pauta deste brilhante texto do Fausto. Abraços
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