143) Os Duzentos Anos da Imigração Alemã ao Brasil!
Dois Séculos da Imigração Alemã é motivo
e razão de celebração! Rio Grande do Sul é onde tudo começa. A miscigenação de
raças do nosso Brasil, é resultado de tantos desafios ocorridos pelo Mundo a
fora, que em busca do Novo Mundo, a Alemanha nos traz esse rico legado e é graças
a ele, que cá estou a viver com profundas raízes e a que tudo devo!
A razão dessas imigrações notáveis,
sempre se deram por conta de alguma necessidade de expansão territorial. Também
a provocação sempre existente no “Inquieto Animal”, o Ser Humano! Já no Antigo
Testamento, a Bíblia bem como no Torá (Pentateuco), lemos registros da primeira
grande movimentação humana conduzida por Moisés – o Êxodo – na busca da Terra
Prometida. Não somente lá, são muitas as dificuldades que até hoje reinam
agressivamente, quando assistimos entristecidos, as sangrentas disputas por
mais um “palmo de terra”, seja pelo solo ou subsolo!
Brasil, Terra Farta de dimensão
continental, afinal de contas detém 7% das terras continentais do planeta, sempre
foi um atraente território a ser trabalhado, as vezes explorado gigantescamente
na busca de meios de sobrevivência ou cumprimento de ambições vorazes por
riquezas de grande valor material. Na Terra “onde tudo o que se planta, dá”,
sempre será atraente a todos os Povos do Planeta!
“Agora”, no Século Vinte, 18 de junho de
1908, o navio Kasato Maru, nos trouxe ao porto de Santos, 781 laboriosos japoneses
a trabalhar em São Paulo, focados na cultura do café. Vieram de um País de
escassos recursos territoriais. Japão, é quase um conjunto de ilhas cujo solo
nada promete, quando perto de 80% de seu território, é desertificado onde a agricultura é
impraticável! Resultado disso, é que temos no Brasil a maior população japonesa ou de
origem japonesa, fora do Japão. Assim a História foi e continuará sendo ao
longo de nossos dias.
Antes dos japoneses, mas
prioritariamente a agricultura, aconteceu em 1874 com o navio La Sofia, nos
brindando com os Italianos. Próximo 21 de fevereiro celebraremos o “Dia Nacional
do Imigrante Italiano” uma referência bem como uma merecida “reverência” aos
laços estabelecidos entre os dois Países, ao longo do tempo!
Assim segue a História das imigrações na quinta maior extensão territorial do Mundo, com seus 8.514.876 Km quadrados, recebendo Africanos, Venezuelanos, Uruguaios etc... A impressão é muito clara de que sempre estamos de braços abertos – como nosso Cristo Redentor do Rio de Janeiro – a todos os que aqui querem viver, onde existe a melhor e mais barata comida do mundo. Aqui tem o melhor churrasco no mundo, também o melhor sushi, o melhor espaguete, o melhor eisbein com chucrute, o melhor quibe, o melhor hambúrguer e o melhor cachorro-quente! Bom. Aceito pacificamente a alcunha de bairrista... Ah! E a melhor cerveja!
Já que lembrei da cerveja, voltemos ao
título da crônica: Os Alemães. “Familien deutscher abstammung in Rio Grande do
Sul!” Sim, Famílias de origem alemã no RS, onde aconteceu a grande concentração
dessa vigorosa imigração europeia. No livro com o título acima no idioma de
origem, escreve a Doutora em História, Dalva Reinheimer:
– “Ao
migrarem da Europa, início do século XIX, com a missão de colonizarem o RS,
trouxeram parcos recursos financeiros, mas trouxeram bens culturais e valores
que representaram um patrimônio inestimável e legaram às gerações futuras. A
preservação da memória é uma herança para várias gerações, como um bem que
carrega consigo a História de um grupo de pessoas, suas lembranças e sua identidade...”
Particularmente venho da Família
Diefenbach (tradução: Arroio profundo) e foi Philipp Diefenbach – meu bisavô – neto
do imigrante Johannes Diefenbach, vindo em 15 de outubro de 1825 partindo de
Amsterdã, que para mim, tudo começa. Vieram para a Região do Vale dos Sinos e bem
depois, meu avô Jakob Leopold Diefenbach foi quem veio para Jaguari, de quem
certamente herdei injustamente a acusação de ser “teimoso e cabeça dura”,
tradição peculiar mas convicta dos alemães, entretanto, no meu caso, suavemente atenuado
pelo sangue materno, o sangue italiano herdado dos Marchiori!
Alemães e Italianos.
ResponderExcluirDois povos trabalhadores que engrandeceram! O nosso Rio Grande do Sul. Ass.Ivan.
Boa titia!
ResponderExcluirBom essa mistura de raças q só enriqueceu nossa cultura. Gratidão aos alemães! E qto ao teimoso autor dessa crônica ele é mto talentoso!
ResponderExcluirAbraço!
Justa homenagem aos imigrantes, não importa de onde vieram.
ResponderExcluirMais um belíssimo texto. Parabéns!
ResponderExcluirBelo texto! E essa mistura de Diefenbach com Marchiori ficou supimpa!
ResponderExcluirTida
Que beleza de texto narrando a importância dos imigrantes italianos, alemãs e japoneses no sul do Brasil. E vc tem uma mistura incrível alemão e italiano!! Muito legal!!
ResponderExcluirComo sempre a quinta feira para mim é um dia especial, quando dedico alguns minutos para ler a crônica do meu querido amigo, conterrâneo, e "Irmão" Fausto. E nesta de hoje ressalta bem o que representam essas duas descendências étnicas citadas. O Rio Grande do Sul é muito grato aos italianos e alemães pela sua contribuição ao nosso desenvolvimento em geral. Parabéns aos 200 anos de imigração alemã. 👏👏👏
ResponderExcluirExcelente*
ResponderExcluirFausto, ótima crônica. Tivemos mais alemães em Jaguari? Como é que o Jakob foi parar lá?
ResponderExcluirTeimoso é que teima com alemão.
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