189) Será, Algum Povo, Independe de “Outro”?
A resposta se dá pronta em poucas palavras: - Todos dependemos de alguém! Nenhuma Nação, nenhuma cidade, nenhuma Família é totalmente independente. Agora, se abre um "caso internacional", no segundo mandato de Donald Trump. Seu esforço político e econômico desde o primeiro mandado, ficou por conta de construir aquela imensa muralha separando o México, a impedir ou pelo menos diminuir a imigração ilegal. Funcionou? Claro que sim. E ainda assim alguns conseguiram burlar o controle e capturados na sequência sofrendo punições com prisões em celas de baixa adaptação e agora todos sofrendo vexatória extradição. Trump não é exclusivo nas extradições, por óbvio, na Presidência americana anterior, não foi nada diferente, então não quero tomar aqui nenhum rumo político partidário. Ficaria parecido com a grande imprensa discutindo num terreno alheio a nossas decisões, apenas temas muito chatos...
Mas como seriam feitos os trabalhos desempenhados por mão-de-obra de “modesta qualificação”? O americano nato não faz, o imigrante legal portador do cobiçado “green card” quer trabalhar na Wall Street ou alguma outra profissão qualificada! Ficam os americanos carentes do gari, do carga pesada, pedreiro, porteiro, faxineira e por aí vai...
Assim são todas as Nações e não é de hoje, o
escravagismo disfarçado - alguns nem tanto - atuam entre os Povos conquistados. A História conta desde as
Grandes Conquistas Romanas a dominar o Mundo Antigo com base nessa subjugação e o saque aos moradores do Território Conquistado!
Não se trata apenas de terceirizar as tarefas
mais árduas e menos saudáveis. Existem algumas Religiões a exigir e ditar
descanso total de suas atividades laboriosas a determinadas datas ou
celebrações, até nos “serviços essenciais”! Então, como fazer?
Setembro de 2022 estive em Israel por uma
semana e meu retorno agendado para a tarde de um sábado. Ao meio dia, eu e
Elaine procuramos fazer um lanche com alguma semelhança a uma lanchonete
brasileira. (Excesso de presunção!) Mas a procura de algo similar, pelo menos com sabor conhecido, encontramos
uma perfeita, idêntica, com zero por cento de diferença das “nossas lanchonetes”:
- Ironicamente, o velho McDonald’s, sempre presente em todo Brasil! Ótimo BigMc, idêntico ao nosso!!!
Nessa lanchonete, TODOS atendentes vestiam trajes
árabes, com seus caracterizados turbantes, lenços e adereços próprios. Até o
idioma – falado em todo País – de um inglês carregado de curioso
sotaque, tornando difícil entendimento. Mas estavam lá, empenhados num trabalho
“quase atencioso”... Corrigindo: Nada atencioso!
Ao retornar ao hotel, comentamos isso com o
encarregado da recepção, onde faríamos o “check-out”, ele com ar de deboche
perguntou:
- Como irão ao aeroporto?
- Bem! Do meio como chegamos: Ônibus!
- Não. Nada disso! Hoje não tem nem ônibus, nem táxi...
Ora, distância entre a cidade de Tel Aviv e o Aeroporto
de Ben-Gurion são de quinze quilômetros. Até chegar ao hotel, nem imagino quantos mais... O
desespero nem se instalou pois imediatamente nos vendeu o serviço de táxi de seu
primo, evidentemente Muçulmano. Revelou na sequência, ser proprietário do hotel e num sábado, todo trabalho era executado por Muçulmanos de Gaza!
Como a companhia aérea era italiana, sua tripulação de igual origem, voltamos para casa com a segurança necessária e agora afirmo convicto: Ninguém é independente! Sempre teremos alguém para trabalhar nos horários e dias mais difíceis a nos socorrer, desde o hospital ao supermercado em pleno domingo.
Dez anos antes, retornando de Madri, em Lua de Mel, no dia do Natal, tripulação integralmente chinesa! Tá bem, é verdade, se tratava da "Air China"!!!