quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

190) Pedindo Informação no Trânsito de Buenos Aires!

Eu voltava da Villa La Angostura – Argentina, encerrando o “Circuito Andino” em dezembro de 2013, dirigindo um Cerato da Kya Motors, comprado meses antes com o objetivo de fazer essa viagem de quase sete mil quilômetros! Em crônicas anteriores já escrevi algumas coisas daquela aventura a cortar a América do Sul de Leste a Oeste (Porto Alegre a Santiago), com diversas paradas além da espetacular travessia dos Andes em Mendonça – Argentina, a chegar no Chile sob seu pesado túnel. Depois da travessia, rumo ao Sul contemplando os deslumbrantes Lagos Andinos de uma beleza a comparar aos famosos lagos da Suíça e Áustria, não perdem em nada com sua extraordinária beleza !  

Passando pela bucólica Villa La Angostura, onde parada por algumas noites refaz energia e os ânimos voltam para mais algumas centenas de quilômetros de estrada pela frente. Que vila espetacular, faz valer toda a viagem, por mais longa que seja! Durante todo o percurso, tudo é coroado de tantas atrações, a merecer – deve existir muitos – um livro completo, não apenas uma crônica!

Na sequência o alvo seguinte é de uma passagem sem parada por San Carlo de Bariloche, na outra ponta do Lago Nahuel Huapi, (foto) de azul intenso cristalino, origem glacial com quinhentos e cinquenta mil metros quadrados de lago e fica setecentos metros acima do nível do Mar. É compartilhado com as Províncias de Rio Negro e Neuquén, Região da Patagônia.

 

Dessa feita, como se tratava da quarta vez a fazer esse Circuito Andino, dispensei chegada à famosa Bariloche, porque o encantamento maior esteve por conta das estadas anteriores desde Pucon, San Martin de Los Andes, Sete Lagos e Villa La Angostura, já citada! Julguei melhor partir direto a Buenos Aires, afinal tinha ainda, mil quinhentos e oitenta e oito quilômetros – com uma parada para dormir em Bahia Blanca – e depois pouco mais de seiscentos quilômetros até a Capital Portenha!

Excelentes são as rodovias, permitindo altas velocidades com segurança, cheguei em Buenos Aires. Os viadutos e elevadas circunscrevem a Capital e eu abaixo de intensa chuva, temporal com assustadoras pancadas impedindo visão da sinalização de trânsito e de suas saídas a entrar no interior da cidade. Arrisquei uma qualquer e me meti num trânsito confuso até parar num posto de gasolina e pedir informação do endereço do hotel, Holiday Inn, onde hospedaria.

Um cavalheiro muito cordial e falante, ao perceber meu “sotaque brasileiro”, fez questão de comentar e enaltecer a melhor fase de sua vida, enquanto jovem e fiel frequentador das praias do Brasil, mais precisamente, as de Santa Catarina! Sim, o argentino tinha muito bom gosto!

Quando revelei minha necessidade ele fez uma expressão estranha, afirmando ser longe demais para me explicar. Mão no queixo, pensativo, olha sério contra o chão e disse:

- Me sigam!

Segui. Rodou uns quarenta minutos em pesado trânsito de final de tarde com chuva, até o endereço requerido. Parou defronte ao hotel fez sinal com o braço apontando a portaria do hotel, me abanou e se foi embora! Sequer aguardou para eu ao menos lhe agradecer! Fiquei admirado com a determinação espontânea e trabalhosa daquele anônimo cavalheiro argentino, tão gentil!

Em BUE curtindo essa gloriosa Capital por alguns dias sem compromisso algum, encerrava o passeio, agora, voltar para casa. Tinha de ser assim! Depois de tantos deslumbres geográficos, o “Grand Finale” foi com encantamento com pessoas de boa vontade! Diante de tudo isso, Argentinos: Meu aplauso sincero à postura de um Cidadão e vale para todos! por consequência afetiva, fiquei até gostando de Diego Maradona!

12 comentários:

  1. Essa cidade é maravilhosa!!! Sempre agradável!!! Compartilho com o amigo a simpatia que tenho pela Argentina!!! Dale Milei!!!Paulo Moreno

    ResponderExcluir
  2. Boa história Fausto.
    Não são todos assim, os Argentinos.
    Pergunta a um amigo comum nosso de Dom Pedrito.
    Que foi de carro todo apetrechado de equipamentos.
    Para não ser multado, tinha tudo o nosso amigo.
    Porém ao ser parado por la caminera, faltava algo.....
    EL CHALECO......
    Eles são medonhos!!
    Ivan.

    ResponderExcluir
  3. Parabéns por mais um excelente testemunho de viagens maravilhosas! Abraços.

    ResponderExcluir
  4. Fausto gente boa tem em todos os lugares e
    Países, até na Argentina. Kkkk Perdoe-me os Argentinos, lembrei de mais um o Presidente do País. Grande Abraço. Ricardo.

    ResponderExcluir
  5. Esse argentino foi camarada, eu achei que tinha te largado no lugar errado kkkk que alívio.

    ResponderExcluir
  6. Beleza de viagem Fausto!!! Realmente fantástica!!!
    Também fiz a viagem por roteiro quase idêntico e é inesquecível, pois são regiões de beleza insuperável.
    Todavia penso que és muito privilegiado: emcontraste com um argentino educado e prestativo. Não tive tanta sorte.
    Forte abraço amigo. Já estou no aguardo da próxima crônica.

    ResponderExcluir
  7. Que viagem fantástica! Lagos Chilenos e Bariloche dois lugares encantadores! Nem todo argentino é gentil, vc teve sorte. Adoro ler suas crônicas.

    ResponderExcluir
  8. Meu amigo Fausto, peguei uma carona em sua crônica e fiz uma bela viagem. Muito obrigado.

    ResponderExcluir
  9. Viagem linda e a sorte de encontrar pessoa tão gentil. Pena que nem todos são assim. Minha experiência em BUE foi a de ser roubada por taxista.

    ResponderExcluir
  10. Felizmente mais uma vigem com final feliz, meu vizinho Fausto, Deus ajuda quem sabe se ajudar, como falam.
    Obrigado, por nos divertir com suas encantadas crônicas!

    ResponderExcluir
  11. Viagem maravilhosa. Finalizada com uma cortesia admirável de um herrmano argentino muito gentil. Abraço

    ResponderExcluir
  12. Que maravilha! O povo da América do Sul é maravilhoso, temos nossas diferenças e encrencas mas que ninguém de fora venha se intromete que vai ser corrido com laçada no lombo kkk

    Tida.

    ResponderExcluir