66) Será que o Brasileiro é o Maior Malandro?
Minhas
crônicas contam com fatos verdadeiros por mim vividos, onde sem querer provocar
a paciência de meus queridos Leitores, relato momentos de emoção e
principalmente riso, alegria! Escrevo também com o propósito de passear mentalmente
por tantos lugares em que estive, especialmente como turista revivendo uma das
coisas que mais gosto de fazer: Viajar! Hoje farei uma combinação de tudo isso e
uma reflexão que o título se propõe provocar.

Novembro
de 2018, fui celebrar meus setenta anos a bordo de um cruzeiro pelo Caribe, com o "Music da MSC" que é um navio notável! Para quem tem curiosidade e algum receio do balançar da navegação, esqueça qualquer
desconforto, não existe “enjoar”, passar mal porque está navegando. A estabilidade é plena, verdadeira, mesmo com mar bravio. É um dos modos de turismo mais seguros e
confortáveis que conheço. Dorme-se maravilhosamente bem sim, as camas são do
tamanho queen, com espaço abundante como um excelente hotel em terra firme. Fiz por sete
noites e essa é a segunda vez que opto por esse modelo de viagem. Não há um minuto sequer de desperdício de tempo. Sempre tem algo atraente a
fazer, seja na piscina, cassino, áreas de lazer, teatro, pistas de dança,
diversos estilo de música “ao vivo” e é claro, para quem gosta de um bom prato, os restaurantes disponíveis para todas refeições, que são nota dez!
O
plano de viagem dessa vez, foi saindo e voltando por Miami. A navegação é predominante noturna e atracagem sempre ao amanhecer em uma das quatro belíssimas ilhas do Caribe: Ilhas Caimãs, Cozzumel, Jamaica e
Bahamas. Em terra, passa-se o dia todo para conhecer, ainda que rapidamente, a cada local e
ao entardecer o navio deixa o porto a flutuar novamente ao destino seguinte.
Nessa viagem, nos aproximamos casualmente a um grupo de cinco casais do interior de São
Paulo, que em primeiro lugar e como fazem tradicionalmente conosco, os Gaúchos,
contaram algumas piadas de "opção sexual curiosa" do nosso Povo Sul Rio-Grandense. Inventei algumas para “retribuir”
e ficou tudo na alegre troca de gargalhadas!

Na
Jamaica foi onde tivemos algumas das mais expressivas surpresas e não foi com o
interessante legado de Bob Marley e sim ao contato com alguns “corretores”. Eu e
Elaine nos afastamos um pouco da orla a passear livremente e sem foco algum, nos
arredores da praia. Na maior “cara dura” vendedores nos abordaram oferecendo
maconha, até aí tudo bem, pois “garantiam” que turistas tinham Direito ao uso
do entorpecente. Alguns caem nessa lorota! O mais curioso foi
um outro corretor
que ofertava meninas de quatorze ou quinze anos para fazer sexo à três, afirmando também,
que não dava cadeia... Era plenamente permitido! Diante dessa última oferta, encerramos a
incursão para dentro da Ilha e voltamos "correndo" a praia, onde ficamos por alguns minutos e nos recolhemos ao
navio.
Antes
dessa incursão independente, acompanhamos por algum tempo aquele grupo de
alegres e divertidos paulistas. Entretanto, eles optaram para ir mais para dentro da ilha. Contrataram um tour pelo interior, em um veículo para os cinco casais. Pagaram cem dólares
americanos por casal. Apreciaram muito o passeio e encerraram o dia na praia e é na
praia é que assistimos o inusitado, que felizmente ficamos de fora por não os acompanhar.
Felizes pelo passeio, curtiam em plena areia da praia, o burburinho e o gostoso cheiro de mar. Pois foram abordados pelo guia do tour que acabaram de
fazer, esse com um sorriso de visível deboche, acompanhado por um militar impecavelmente fardado e fala (tradução independente):
- Oh brasileiros. Sinto muito, mas trouxe de volta as cinco notas de cem dólares que me deram, para substituir por notas verdadeiras. Essas, todas são falsas!
- Que absurdo!
Você está louco! Eu devia...
- Não é absurdo e nem
estou louco. Sei que é comum outros países acharem que aqui na Jamaica é fácil desovar
notas falsas como essas! Vocês trocam agora ou resolvemos isso no gabinete da
polícia? O Sr. Oficial que está comigo, veio para acompanhá-los!
Todos tínhamos uma hora limite para voltar ao navio e faltava pouco menos de uma
hora para o último embarque. Suados, trêmulos coletaram cinco novas notas de cem dólares em troca daquelas grosseiramente falsificadas. Pareciam reles "xerox". Acabou a alegria. Depois disso, só a natural raiva!
Voltemos ao título dessa crônica – hoje um pouco pesada – mas podemos
afirmar com todas as letras, que o brasileiro não é o mais malandro de todos! Em terra alheia não se pode sequer reclamar com muita veemência! Então a "dica" é maximizar os cuidados, quando estamos longe de casa!
Excelente texto e ótima dica de segurança em viagem ao exterior!
ResponderExcluirSempre tem os caras de pau.Que susto.
ResponderExcluirMalandro tem em qualquer lugar e tem que ficar esperto mesmo
ResponderExcluirBjos
Bacana Alemão.
ResponderExcluirBoa narrativa, lugares lindos que tb tive oportunidade de conhecer, começando pela Jamaica, minha qa viajem internacional o 1o.Club. O navio, espetacular. Fizemos a travessia nele.
Continue contando suas aventuras, nos encontramos muitas vezes por aí.
Abraços
Malandragem.
ResponderExcluirNão convém esquecer o ditado gaúcho, de que touro em campo alheio é vaca.
Campeão. Aconteceu comigo ao pagar uma corrida de táxi na Argentina. Sentado no banco de trás, entreguei a nota ao motorista. Ele a trocou por uma falsa na altura do colo e devolveu trovejando: é trucho.. dancei.
ResponderExcluirViajar é a melhor escola da vida. O que vivenciamos e aprendemos nunca se esquece. Brasileiro é malandro mesmo e todo cuidado é pouco quando estamos no exterior.
ResponderExcluirEsta de trocar a nota aconteceu comigo num taxi em SP. De Congonhas pata a IBM Tutóia. A nota de 50 que eu dei foi habilmente trocada por uma de 5. Tive duas sortes: a primeira é que eu sabia deste golpe. A segunda é que isto se passou no semaforo logo antes da IBM. Ao ficar verde, pedi que seguisse um pouco mais adiante. A 100m da IBM tem uma Delegacia Policial e foi onde eu mandei-o parar. Sentindo o drama,a nota de 50 apareceu milagrosamente. Recebi o troco correto. O taxi foi embora mas eu nao. Entrei na delegacia e prestei queixa.
ResponderExcluirSanto Deus! Kkj
ResponderExcluirEste é um problema internacional. Ocorre no Brasil, na Argentina, na Grecia e até mesmo onde menos se espera. Comigo, quando ocorreu, lembro que disse ao motorista: "que tomasse cuidado em querer aplicar esse tipo de golpe, pois eu não tenho e nunca tive nota de cinco, logo não poderia ter dado a ele, assim, que me desse, e rápido, o meu troco de 50.
ResponderExcluirE Dirceo e Alex, nunca caí em golpe de "rebaixarem" o valor da nota que dei, mas de andar mais que o trajeto necessário sim. Meu último blog foi sobre Buenos Aires, lá uma vez peguei o táxi na rodoviária que fica no centro e meu hotel, "quase" se avistava dali, pois o motorista sem que eu percebesse, pegou uma via expressa, com pedágio e tudo para um curto percurso que ficou extremamente longo... Ao comentar isso no balcão do hotel que me hospedara, o atendente disse "Nossos taxista são nossa vergonha!" Heheheh...
ResponderExcluirMeu Deus! Temos que estar sempre antenados, o mundo está cheio de safados.
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