156) Meu Rio Grande do Sul Vai se Reconstruir!
Hoje (30/mai/2024), contamos vinte e
sete dias do início da maior tragédia do Território Gaúcho, no enfrentamento de
tamanho alagamento sofrido com a destruição de cidades inteiras, como a
imprensa tem divulgado amplamente. E agora o que nos resta? Arregaçar as mangas
e mergulhar numa reconstrução hercúlea desde o assentamento de alicerce até
remobiliar dos milhares de lares afetados!
Não menos importante será o levantamento
de tantas empresas arrasadas a reestabelecer as oportunidades de trabalho, de
ganho e devolução da esperança de todos nós, atingidos direta ou indiretamente.
O Plano Emocional como fica? Cada um com seus traumas e suas lágrimas do ente querido
que foi abatido, do patrimônio perdido e a fé diluída entre uma e outra destruição.
A História do Rio Grande do Sul
registrará por vários anos esse momento cruel. No futuro, os que nascerem
depois dessa avassaladora enchente escutarão, contarão e mostrarão fotos – como
aconteceu na enchente de 1941 – aquilo que nós sofremos e certamente com
galhardia, suor e lágrimas superamos!
Como todos afirmam, momentos ruins nos
ensinam bem mais que as glórias vividas. O que vimos nesse momento é a bravura
de um povo e sua solidariedade! Nunca na História do Brasil assistimos, vindo
de todos os cantos tamanha solidariedade. Serão décadas a cantar agradecimento
a toda a Nação. O Brasileiro nos enche de orgulho, com sua capacidade de se
reunir a coletar alimentos, roupas, dinheiro, carinho e até promover um belo
espetáculo no Maracanã com uma alegre partida de futebol, entre craques e
artistas a arrecadar recursos para nós, os Gaúchos!
Foram muitos os Governadores de Estado,
sem citar nomes a não melindrar nenhuma falta de agradecimento, a enviar suas máquinas,
ambulâncias, barcos, bombas d’água, pessoal como bombeiros, técnicos, Médicos
enfim...
E os voluntários que aqui chegaram às
centenas com seu trabalho, seus valiosos equipamentos e a determinação de
enfrentar risco de toda ordem! Emociona ver tantos Anônimos mergulhados naquela
água putrefata e contaminada, sem demonstrar um mínimo de temor de contágio ou
falta de resistência ao frio e perigosa humidade. O que dizer a esses
Verdadeiros Heróis? Não há recurso em nosso vocabulário que expresse com o devido
mérito por tamanha doação! Um singelo “muito obrigado” é tão pouco que nos
encabula enunciarmos!
Toda essa movimentação voluntária e
bondosa, não se circunscreve às fronteiras do Brasil, felizmente! O Mundo nos
acode. São dezenas de aeronaves e barcos lotados de toda espécie de material
necessário à sobrevivência dos flagelados.
As administrações governamentais como
estão agindo? Lentos! Só isso me cabe escrever. Qualquer elogio ou crítica
exacerbada tomará um rumo político partidário, que é muito conveniente exultar
estando sentado, observando o desenrolar dos acontecimentos. Esse tipo de
recurso virá, e haverá muito a construir, não menos de dez anos estaremos
envolvidos nessa verdadeira batalha a ser travada. Então, creio firmemente –
não importa quem estará comandando os cofres públicos – esses recursos virão!
E os Homens? Fica uma mágoa profunda na
postura do Ser Humano, enquanto são tantos que arriscam e se dedicam de corpo e
alma no socorro de seu semelhante, outros, aí a sujeira porca, se aproveitam de
forma criminosa da exposição e fraqueza dos atingidos. Para os saques, assaltos
e desvios de dinheiro, de sestas básicas, não há perdão. De onde vem essa
maldade toda, coroada de falsa alegria que o assaltante festeja, enquanto
tantos choram copiosa e desesperadamente a sepultar os seus?!
Pasmem. Não é “de hoje”, vem da formação
da Raça Humana, somos tidos como o mais cruel de todos predadores. Na criação
das primeiras Nações na História da Humanidade já lemos sinais claros da falta de
piedade às culturas conquistadas. Temos prova escrita dessa postura cruel.
Até no Livro dos Reis, Antigo Testamento
se lê de como agia o vencedor após sua batalha que além da posse das terras,
mais a tomada dos guerreiros vencidos, levados à submissão da escravidão sob o “suave
título” de cervos e as mulheres usadas ao seu bel prazer.
Hoje, mudou alguma coisa? Quase nada. A qualquer
pretexto de uma ou outra Nação, assistimos na televisão diariamente tanta
fumaça com os bombardeios e destruição em massa, seja na conquista de poder
através das riquezas “do outro”, ou simples status de poder, vaidade e domínio!
Tão triste quanto real!
E agora? De onde tirar força para
reconstruir, a “prometida” reconstrução no título dessa crônica? Deverá ser necessariamente
do bom governante, no bom cidadão e é disso que proponho expor nesse momento, de
toda aquela trabalhosa, exitosa dedicação que felizmente não tratamos de uma
minoria, mas de uma gloriosa maioria, que disposta dirige sua ação vigorosa, que
se vê e ouve até no ronco dos helicópteros sobre nossas casas, da labuta feroz
de uma Nação Inteira com a solidariedade de boa parte do Mundo dispostos a
colocar esse Rio Grande do Sul, de volta a viver em contagiante alegria, do
sorriso tão próprio do Povo Brasileiro, afinal, somos um só Povo, Único, com a
Graça do Eterno!
Uma catástrofe sem precedentes! Colocaste muito bem: enquanto muitos se doam para ajudar, outros aproveitam para roubar ou mesmo tentar ganhar visibilidade política! Triste. Mas o nosso Rio Grande do Sul não vai se entregar. Abraços. Bidart
ResponderExcluirCaro Fausto. Essa catástrofe foi pior que a de 1941,pois PortoAlegre tinha 272 mil habitantes. Hoje tem 1 milhão e meio.
ResponderExcluirE quanto a reconstrução. Acho que vai custar. Pois dependemos de recursos públicos. E quando funcionário público fez alguma coisa direito.....
Vais demorar.
Vai demorar
ResponderExcluirVenceremos! Venceremos! Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra!…
ResponderExcluirQue seja a última contra todas às previsões, nós sentimos em dívida aonde não deveríamos nós sentir pois pagamos muitos impostos e quem deveria fazer não o faz, coisas subterrâneas não aparecem e não dá voto. Agora o próximo independente de partido vai ter que fazer, assim eu espero.
ResponderExcluirApesar da tristeza do acontecimento sua reflexão amigo Fausto trás fundamentos de humanidade que precisam ser cada vez mais elevados , no contraponto dos oportunismos fortalece a quem verdadeiramente faz o bem. Parabéns pela crônica. Abraço Ana Lucia DFG
ResponderExcluirFausto
ResponderExcluirEsta é uma crônica que gostaria de nunca ter lido. Nosso estado destruído. Vai levar muito tempo para que seja uma triste lembrança. Até lá a dor do luto estará presente na vida de todos que passaram, de uma forma ou outra, pelas "águas de maio".
Todos sentimos nos impotentes diante do fenômeno climático que nos envolveu, cabendo uma reflexão ampla, acredito que a natureza precisa ser considerada com muita seriedade.
ResponderExcluirA nossa vida depende da nossa convivência harmoniosa com a natureza,
isso poderia ajudar a evitar tantos danos materiais e sofrimentos.
Vamos sim, como escreve nosso valoroso cronista, superar esse abalo que sofremos.
Tudo muito triste uma guerra sem armas .
ResponderExcluirNão há mais o que ser dito... Só lamentar e torcer para q a reconstrução do estado seja o mais rápido possível . Infelizmente essa não foi uma crônica q gostaria de ler mas como boa gaucha acredito nesse povo guerreiro, lutador e forte. Avante!
ResponderExcluirAmigo Fausto, elogio a cronica, mas reconstruir não!
ResponderExcluirEste é o slogan do "desgoverno fededal".
Não vamos reverberar a narrativa "dêles".
Precisamos é Reedificar. · Formar de novo. · Reconstituir. · Reformar, - reorganizar.
Essa tragédia é sem precedentes, creio que a pior que aconteceu no nosso país. Muito triste ver pessoas se aproveitando seja roubando ou cometendo abusos sexuais. A reconstrução será lenta, mas venceremos. O povo gaúcho irá se reinventar e ficará mais forte ainda. Forças meu amigo para superar.
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