15) Meus estimados
amigos,
Minha primeira
namoradinha quando vim morar em Porto Alegre, eu mantinha uma relação de
carinho aos moldes da época, final da década de sessenta, onde o respeito
impunha muitas limitações “físico íntimas” e para piorar, contava com uma forte
timidez de minha parte.
Recém-chegado à
Capital, imaginava que a Cultura local seria muito diferente da Cultura da
minha origem, logo tudo era mais complicado. Ou eu que complicava me auto
boicotando.
Como é bom mijar!
Meu primeiro ano em Porto Alegre, 1969, conheci a
Maria J. no IPV-Instituto Pré-vestibular. Morena muito bonita chamava atenção
de todos na sala-de-aulas. Fora da sala-de-aulas também, ora! Uma “baita morena”!
Com muita dificuldade fui me aproximando como quem não quer nada e nos
enamoramos para minha felicidade e orgulho.
O namoro nunca foi
além de alguns beijinhos e o andar de mãos dadas. Como disse, era o suficiente
para a época e meu grau de contentamento plenamente satisfeito! Uma vez,
coloquei a mão sobre seu ombro, tentando abraçá-la e ela tirou rapidamente minha
mão com um claro e sonoro:
Ãh, ãh”...
Eu morava na Cidade Baixa e ela no Passo da Areia. Da
Cidade Baixa até Zona Norte da Capital era uma viagem. Muito longe, necessário tomar
dois ônibus. Trajeto de hora e meia.
Num sábado à tarde saí de casa para encontrá-la e logo
que sai me dei conta que não tinha urinado. Faço isso no centro no banheiro da
Praça XV bem próximo de onde eu pego o segundo ônibus. Em lá chegando e para minha sorte, talvez meu azar, o ônibus estava saindo, embarquei às pressas. Aí o “xixi” já estava apertando. Entretanto minha salvação será onde desembarco pois tem uma padaria. Mijo
lá!
Depois da longa viagem desembarquei. Ao desembarcar, me deparo com minha cunhada na
porta da padaria onde pretendia “desaguar”!
Que droga, pois com a merda do meu acentuado grau de cábula
não “confessei” à cunhada das minhas necessidades fisiológicas! Desisti do
banheiro da padaria. Então, acompanhado da cunhada e sem ir ao banheiro, lá fui
eu, caminhando com passos lentos e reduzidos, para não balançar muito a bexiga com medo de rompê-la.
Óbvio que ao chegar na casa dela, para complicar mais um pouquinho, não tive coragem de pedir para usar o banheiro. Fazer xixi na casa da
namorada, não mesmo e sequer falar da tão ingênua necessidade!
Era apenas 18h00min e eu tinha todo o sábado à noite
pela frente. A solução é simples e fácil: - Ir rápido para um cinema e lá encontrar a incrível felicidade
que um vaso sanitário propicia a gente! Chegando na casa da namorada fui logo convidando:
- Vamos pegar um
cineminha?! Tem um filme que eu...
- Não! Hoje estou a fim
de ficar em casa namorando!
Desgraçada! Foi ser tão queridinha e romântica justamente hoje. Se
fosse em outra situação, eu adoraria. Mais econômico – eu
vivia curtíssimo de grana – e também mais "mimoso"!
A coisa foi apertando de tal forma que o sábado perdeu a graça! Suava urina pelas mãos. Encabulado e “teimoso como um alemão”, não falava para
ira ao banheiro... Ela não podia me tocar com muita energia, porque as ondas do toque vibravam
diretamente na bexiga. Nessas alturas minha barriga estava lustra de tão cheia!
Mesmo numa tarde fria, eu suava feito um cavalo no páreo! Quando foi quinze
para às dez - o hábito era ir embora às dez – eu não aguentava mais e me despedi:
- Bem! É hora de ir
para casa!
- Como? Tão cedo? Por
que essa pressa? Vai encontrar com alguém? Não mesmo. Fica mais um pouquinho, eu não sou bobinha viu!
Assim, a desgraçada (eu era apaixonado por ela) me
segurou, trêmulo, pálido, até às onze horas, horário jamais praticado. Nada no
mundo desviava meu pensamento: Mijar, mijar, mijar!
Ao sair, tentei rápida despedida e a sádica me segurou
pela gola da camisa para mais um beijinho.
Se aquilo era hora de estar se beijando, porra! Livre do carrasco, saí sem olhar para trás – a demente podia estar olhando, azar – mal saí do portão sua da casa, apoiei a testa no muro, trêmulo, com dificuldade abri a braguilha, tirei o “indivíduo” para fora e me esvai em mijo, molhando as mãos, as calças pelos respingos do “chuveiro urinário”! O jato de urina, quando consegui direcioná-lo ao chão, fazia o ruído da mijada de uma vaca. Mal me sustentei em pé. Parecia que a espuma da mijada me vinha até o joelho. Não tô nem aí!
Se aquilo era hora de estar se beijando, porra! Livre do carrasco, saí sem olhar para trás – a demente podia estar olhando, azar – mal saí do portão sua da casa, apoiei a testa no muro, trêmulo, com dificuldade abri a braguilha, tirei o “indivíduo” para fora e me esvai em mijo, molhando as mãos, as calças pelos respingos do “chuveiro urinário”! O jato de urina, quando consegui direcioná-lo ao chão, fazia o ruído da mijada de uma vaca. Mal me sustentei em pé. Parecia que a espuma da mijada me vinha até o joelho. Não tô nem aí!
Depois disso, recomposto e sereno voltei a notar que o céu tinha estrelas, havia
um movimento cândido das nuvens no céu azul, alguns pássaros noturnos cantando,
senti a agradável brisa da noite com um suave vento batendo no rosto! Voltei a
ser um homem feliz! Dizia para mim mesmo e alegremente :
Porto Alegre, 13 de agosto de 2020.
Que loucura kkkk,só podia ser o Fausto.
ResponderExcluirQuem não teve esse desconforto?hehe.
ResponderExcluireita timidez jaguariense!!! tadinho!! Graças que tudo acabou bem!!!
ResponderExcluirBah, agora me deu uma vontade de mijar ... Vou logo. Bah que alívio.
ResponderExcluirAuto controle espetacular.
ResponderExcluirNossa,foi difícil, mas ainda bem,que deu tudo certo! Kkk
ResponderExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkk muito engracadooooo
ResponderExcluirSó vc mesmo pra passar por um aperto desse. Muito engraçado mesmo! Kkkkkk
ResponderExcluirEu não aguentaria ficar tanto tempo sem mijar..muito boa...a timidez sempre fez a gente sofrer. Valeu Fausto, belíssima história que ainda me fez voltar ao passado falando sobre o IPV, onde fiz meu curso pré vestibular, aonde fiz uma grande amizade com meu professor de literatura Jose Fogaça. Valeu. Fico no aguardo da próxima história.
ResponderExcluirPois comigo aconteceu quase o mesmo,eu com 15 anos de idade. Estava numa sala cheia de candidatos a poderem ir viajar e passar um ano nos EUA, através do programa American Fields. A tarefa era meio demorada porque, além de preencher várias informações eles [pediam que fizéssemos várias pequenas dissertações sobre tópicos tais como: por que quero passar um ano nos EUA? Sou uma pessoa comunicativa? etc... Quando começou o tempo (davam hora e meia para isso) vi que eu estava era muito apertado. Por estas timidezas (?) inexplicáveis não quis pedir para ir ao banheiro!!!! Ou seja, apressei tudo e, com certeza, perdi a vaga porque o que mais me interessava era acabar aquilo e ir ao banheiro. Ainda bem que não mijei nas calças, mas foi por pouco! (Além de o ar condicionado estar muito frio...)
ResponderExcluirAmor lembrei da nossa lua de Mel onde procurávamos o hotel e não encontrávamos e a vontade de fazer mijar era grande.
ResponderExcluirVonte de mijar, foram muitas em lugares bem diferentes, mas lembrar do IPV onde conheci a Neidi foi muito legal. Para que não sabe a Neidi e minha esposa a mais de 30 anos.
ResponderExcluirTuas histórias são incríveis, mas aguentar tanto tempo sem urinar, me deu até calafrios...
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