145) Oeste da América do Sul. (Parte DOIS)
Finalmente chegamos na Capital Peruana, Lima,
região mais populosa do Peru com aproximadamente 10 milhões de habitantes e a
terceira cidade mais populosa da América Latina (atrás somente de São Paulo e
Mexico City). Característica mais marcante no meu entendimento é a falta de
chuva na cidade. Alguns bairros, no ano
2002 quando estive por lá, celebravam quarenta anos sem uma gota d’água de
chuva. Alguns adultos fixos em seus bairros, não conheciam o glorioso fenômeno da
chuva. Sim, glorioso ao lembrar os banhos de chuva da minha infância
feliz, do barulho no telhado e do harmonioso perfume de terra molhada nas suas primeiras gotas! Então acontece que lá, esses adultos conhecem chuva somente através de fotos ou filmes! Água nem é tão rara devido as amplas canalizações de coleta do generoso degelo da grossa camada de neve sobre os Andes!
A arquitetura contempla na construção de muitas casas, sem o tradicional telhado que conhecemos. Simplesmente a última chapa de
concreto encerra a construção, ficando livre como um terraço. A cidade tem suas atrações e povoada por diversas etnias.
Valorizei muito as atrações turísticas em pequenos vilarejos nas cercanias dessa grande cidade, como o Vale Sagrado dos Incas. Lá presenciei uma alegre, festiva e colorida Feira do Milho. Muita música e danças fiéis ao seu folclore! A localidade se auto proclama como a “Importante Capital Mundial do Milho”! Parece engraçado, no entanto se comprova facilmente seu orgulhoso título, a feira expõe mais de cinquenta tipos de milho – localmente chamados de “choclo” - um dos principais alimentos da cultura Inca, sendo que nessa feira, eram servidos alguns cozidos ou assados em estado “verde” para consumo na hora nos mais diversos e inimagináveis sabores, por incrível que pareça. O mais curioso de todos, foi um que comi de intensa cor preta, como nosso feijão preto! Sabor próprio e sem nenhuma referência para que eu possa descreve-lo com alguma fidelidade. Então, "sabor único"! Só indo lá e provar pessoalmente...
Ainda em transporte rodoviário, foi a vez de visitarmos a última cidade grande e habitada, a esplêndida Cusco. Esplêndida pela curiosa arquitetura e em especial a Catedral, construída em pedras irregulares de grande tamanho ajustadas sem argamassa com precisão milimétrica entre as partes. Trata-se de uma atração riquíssima aos profissionais da construção civil, os Arquitetos, Engenheiros Civis e leigos, pelo mistério não só da precisão de seus ajustes, como a misteriosa solução na dificuldade de transporte e elevação de tamanhos blocos com suas toneladas de pesos!
A Cidade Sagrada de Ollantaytambo, a 80 km de Cusco é visita obrigatória a apreciar o espetacular sítio arqueológico ”Tambo de Ollanta”, que dá nome à Vila. Foi no passado, um Centro Cerimonial durante o período Inca. A cidade fica ao lado do rio Urubamba e é a partir dali que partem os trens rumo a Aguas Callientes – Machu Picchu, costeando esse agitado rio.
Rio Urubamba por sua vez, desemboca no
rio Ucayali que forma em direção ao Norte, a nascente do nosso rio Amazonas, próximo a localidade de Iquitos,
ainda no Peru. De certa forma, a nós brasileiros dá-nos o direito de afirmar que
se trata do verdadeiro início do Amazonas, que dessa forma o tornaria além
de rio mais caudaloso do mundo, também ao mais longo de todos, batendo assim,
a dimensão do africano rio Nilo, no Egito!
Destino seguinte é para encerrar esse
período de aventuras a conhecer nossa América do Sul. O desafio seguinte é com a “Trilha
Inka”, que se inicia em Ollantaytambo, rumo a Machu Pichu a percorrer uns
cinquenta quilômetros em desafiante escadaria e trechos de tirar o fôlego –
literalmente – especialmente pela altitude que se percorre onde o ar fica
rarefeito e o desafio se torna torturante, mas "para quem gosta", é algo para viver um pouco desse Povo que ali antecedeu por Séculos, a invasão espanhola!
Muito interessante. Fausto. Ivan
ResponderExcluirMuito interessante a viagem. Fausto ! Ivan.
ResponderExcluirLugares encantadores, belas histórias...Abraço do amigo Gustavo
ResponderExcluirbela historia, parabéns Fausto! abraço vedoi.
ResponderExcluirRevivendo muito bem o lindo Peru. Parabéns! Um abraço. Bidart
ResponderExcluir145 e todas crônicas nota 1000. Maravilhas.
ResponderExcluirQue maravilha de crônica!! As suas histórias são enriquecedoras, muita cultura e conhecimento que vc transmite com primor. Viajo junto quando leio. Adoro!! Parabéns!!
ResponderExcluirBom viajar nesse texto... Tudo novidade pois não conheço esses lugares. Tudo interessante!
ResponderExcluirGostei da narrativa. Peru é o local que faz parte da minha de lugares que ainda quero ir, lendo as tuas crônicas me deixa mais informado antes de viajar . Parabéns meu amigo
ResponderExcluirFausto, quando eu visitar Peru, vou me basear em relatos já vividos por ti.
ResponderExcluirMaravilhoso! Ler e viajar são as coisas que mais gosto de fazer! Teus textos me levam para uma viagem imaginária e prazerosa!
ResponderExcluirTida.
Muito bom Fausto.
ResponderExcluirJá estou ansioso para ler a parte III, que acredito ser a chegada e visita a Machu Pichu.
Simplesmente fabuloso esta tua viagem, fico me perguntando, sei muito pouco sobre onde chove ou não, desculpa a minha ignorância neste assunto, não sabia que não chove lá kkkkkk
ResponderExcluirCrônicas maravilhosas. Gostosas, leves e boas de se ler.
ResponderExcluirCrônica maravilhosa!!!
ResponderExcluirFausto suas crônicas semanais nos fazem viajar por lugares por nós ainda não visitados. Como sempre ótimos relatos, Peru um dos países que ainda quero ir...terra de um de meus escritores preferidos, Mário Vargas Llosa...Maravilha 👏👏👏
ResponderExcluirHistórias contadas lindamente! Nos levam para os mais diferentes lugares!!!👏👏👏
ResponderExcluirBelas histórias! Lindamente contadas!Nos levam para os mais diferentes lugares!!! 👏👏👏
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