O que mais me chamou atenção – eu não sabia ainda do detalhe sauna – era a alegria reinante que o grupo, de uns doze vendedores mantinham durante toda a semana que antecedera aquele fatídico sábado. Conversavam com troca de olhares insinuantes e marotos, ao que tudo indicava que havia alguma “coisa escondida. ” Afinal de contas, no grupo existiam duas vendedoras e que claramente elas não estavam incluídas, no que mais despertou minha inocente curiosidade.
Comemos muito bem e quando os talheres se cruzaram significando o fim da comilança, alguns tentaram discursos de difícil interpretação já que a totalidade dos oradores se pronunciavam com “enrijecimento lingual” dado a anestesia etílica! O que sempre ocorria eram os entusiasmados aplausos e pedidos de “bis”, inédito em qualquer ágape. Se discurso de bêbado já é chato na origem, imagine-se com bis... O mais passado de todos encerra seu discurso num entusiasmo de dar inveja e lavado em lágrimas abundantes!
Quando o provável líder do grupo (nosso gerente não fora convidado), diz que está na hora de pedir a conta, ao invés de diminuir o entusiasmo reinante, a euforia tomou ritmo acelerado!
- Então pessoal. Quem vai?
Foi um tal de “estou dentro” de muitos. Discretamente perguntei a um dos que não se manifestara favorável, o que significa essa convocação, ele me revelou:
- É hora dos que vão para a sauna!
- Sauna? E daí?
- É a sauna “tal”, onde as meninas de vida FÁCIL fazem o DIFÍCIL trabalho de agradar a alguns, entendeu?
Ainda indignado, mas finalmente entendendo a alegria de alguns, confirmei que estavam indo mesmo era para as putas! E assim foi. Maioria dos alegres rapazes eram casados e também os que mais beberam. Desses, dois deles Sady e Pereira, eram muito próximos e parceiros contumazes desse tipo de aventura libidinosa! Para suas mulheres, afirmavam que a amizade fraterna que os unia era muito forte! Um cobria eventual desaparecimento do outro, inclusive durante os dias de semana, em pleno horário de expediente!
O resultado
daquela pecaminosa incursão amorosa, foi revelado na segunda-feira: - O Sady
chegou em casa podre de bêbado, para o espanto e furiosa reclamação da mulher,
é óbvio. Contado por ela, que a seguiu sua entrada triunfal em casa com
constante
E severa xingação! Ele mal balbuciava alguma ou nenhuma resposta e foi adentrando e tirando e largando roupas pelo chão. Chegou ao vaso sanitário ainda de cuecas, tentando inutilmente tirar seu membro para fora a fazer xixi, mas sem sucesso. Criou-se uma verdadeira trapalhada diante de uma dificuldade ímpar!
Por conta dessa
dificuldade toda, para uma coisa tão simples e costumeira ao macho, requereu um
olhar mais atento de sua mulher! Pois a cueca estava virada. A parte da
abertura própria para “aquele fim”, estava para trás. Isso mesmo, virada para a
bunda! Ela percebe essa forma equivocada de vestir e:
- Mas o que que é isso seu maluco!
- Sacanagem do Pereira!
- Do Pereira? DO PEREIRA?!
O sábado se encerrou muito mal. A esposa confusa demais para poder continuar sua “briga” e chocada sem poder definir até onde seu maridão tinha se perdido no vilipêndio sexual, pegou algumas roupas e se foi par a casa de sua mamãe...
É. A emenda, e pior
que o soneto! Tem momentos na vida de qualquer um de nós,
que qualquer resposta só piora. "Silence is Golden”, cantavam The Tremeloes, depois a dupla Simon & Garfunkel!
Esses história, verídica, foi cobrada em verso e prosa, em toda cia, de norte a Sul.
ResponderExcluirA dupla, tem outras, parecidas, interessantes, que o Fausto lembrará e narrará.
Hahaha
ResponderExcluirKkkkk vcs gostam de aprontar né!! Muito bom relembrar essas loucuras da juventude!
ResponderExcluirCueca virada não tem o que falar.
ResponderExcluirAqui vale aquela máxima que diz: "Não tem como explicar uma marca de batom na cueca"...
ExcluirDepois da bebedeira é melhor ficar quieto.... senão dá M !!!!
ResponderExcluirZaira
ExcluirEstória cômica ao ser maravilhosamente narrada mas imagino a triste situação do protagonista... Kkkk
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