150) Ilhas, Encerrando um Ciclo! (Só das ilhas...)
Semana passada anunciei que em março
de 2025, estarei voltando à Ilha de San Andrés e Cartagena na Colômbia. O que
encerro hoje é crônica sobre ilhas e da minha relação com a “ilha” visitada há poucos dias, a badaladíssima Manhattan
NYC, nos Estados Unidos. Visitando pela nona vez, faço despedida sem
nenhum sentimento de tristeza ou saudosismo porque a admiração e atração por
essa bela "Ilha Americana" é imensa, mas já me é permitido uma despedida sem lágrimas!
Dessa feita fui só, pois Elaine está profissionalmente
impedida de certas folgas no meio do nada, nem férias nem de feriadão, foi
obrigada a ficar em casa e em plena metade do mês de março, se queixar pelo "watts”,
do severo calor de Porto Alegre daqueles dias, enquanto eu contestava dizendo
que estava achando ótimo os três ou quatro graus que vivenciava...
O que presenciei de forma muito clara nessa ida aos EUA e de inequívoca satisfação, é de que a Nação Norte Americana, superou galhardamente toda crise gerada
pela epidemia do Covid. A movimentação de turistas e o fluxo de pessoas nas
lojas, nas ruas, museus, teatros, restaurantes e no metrô – lá chamado de “sub
way” – é um absurdo! A cidade está muito viva e onde por alguns tempos tiveram
portas fechadas, hoje são novas lojas ressurgindo e voltando a fazer a pujante economia rodar em alta velocidade!
Na Política, parece que o entusiasmo
visto em tempos passados, já não brilha tanto, apesar de estarem em ano de Eleição
Presidencial. Num dado momento forcei um pouco ao caminhar pela Quinta Avenida, e entrar na “Trump
Tower” e apreciar o luxo, requinte das instalações acessíveis ao público em
geral. Lá sim, a campanha ao “Loiro Bilionário” é festiva e entusiasmada, por óbvio!
Fui questionado por alguns amigos: -“Novamente em
NYC”? Sim. Muitas atrações, principalmente em Museus, como o Metropolitan Museum
e o American Museum of Natural History, não se consegue apreciá-los em um único
dia com a atenção que merecem. São de uma riqueza infinita e de enormes
dimensões que acabam exigindo do visitante uma energia imensa. São verdadeiros
Tesouros da Humanidade expostos com tamanha criatividade que encanta a todo
visitante. Como tudo nos dias atuais da nossa relação de moeda, tudo muito
caro. Museus e teatros cobram algo em torno de cento e cinquenta dólares, seus
ingressos. Como são locais únicos no mundo, não se pode renunciar. Considere-se Investimento em Cultura!
Tomar o veloz elevador e subir os cem
andares do World Trade Center – logicamente pago – é uma das atrações imperdíveis. Fica ao lado do “BURACO”, de onde existia uma das duas torres do
prédio abatido em 11 de setembro de 2001. Esse sim, o buraco, recomendo visita rápida apesar
da sua exuberante homenagem aos que lá padeceram naquele trágico ataque terrorista. Seus nomes estão lá gravados à eternidade. Rápido sim, porque sente-se uma pressão negativa muito estranha que deprime e afasta qualquer alegria que tenhamos durante aqueles minutos que
por lá se dispensam. É como se estivéssemos diante um Imenso Túmulo Aberto, onde jazem duas mil seiscentos e seis almas, que sem entender, sem culpa ou pecado, ali foram executadas!
Mais coisas boas e sem querer plagiar a revista “Kátia Zero”, que muito bem ilustra sobre a Cidade, existem algumas atrações “free” que chamam atenção e que também valem muito a pena. Primeiro exemplo, as duas pontes que unem a Ilha de Manhattan ao Brooklyn. Ambas naturalmente com nomes dos locais envolvidos: Brooklyn e Manhattan Bridges. Uma caminhada interessante, em meio a milhares de turistas, que com suas rampas dão acesso a 1.834 metros na primeira e 2.089 na segunda. A vista que se tem do East River, do alto dessas pontes com seu tráfego de embarcações diversas, é encantador. Vale longos minutos de contemplação!
O Central Park! Ah o Central Park é algo para horas, dias de visita. Voltar lá mais vezes e caminhar olhando a tudo e olhando para o nada! Nesses dias que estive por lá estava cinzento, pois sua abundante arborização, está completamente desfolhada em virtude da Estação, saída do Inverno. Localizada no coração da “Big Apple” com seus quatro quilômetros de extensão por oitocentos metros de largura, resulta numa área de três vírgula quarenta e um quilômetros quadrados! (Apenas para comparação doméstica, o Ibirapuera em São Paulo, tem um quilômetro e meio!) Locais frequentemente mostrados em filmes e na televisão, se tornaram conhecidos no mundo todo. Atraem pessoas – aproximadamente quarenta e dois milhões por ano - de todos gostos, pois por lá, tudo se encontra! Desde pessoas exóticas, pessoas comuns, artista de Hollywood, gente elegante e de refinado gosto e maltrapilhos. Alguns mostrando suas artes, suas obras e outros como eu, apenas curtindo visuais únicos de vida e glória! Cabe uma rápida passada ao glamoroso Edifício Dakota, onde John Lennon viveu seus últimos dias e no pórtico de entrada, onde foi assassinado em 08 de dezembro de 1980, por Mark Chapman.
Comidas! O Mundo Todo aqui se representa
e até churrascaria! Sim, a excelente “Fogo de Chão Brazilian Steakhouse” que não
é a única, pois são diversas que atendem ao paladar do Gaúcho! Imagine uma nacionalidade qualquer, e lá certamente se encontra um restaurante que a represente. E ainda assim, também com níveis variáveis de
qualidade e preço, apesar de que, não abro mão jamais, de um cachorro quente
daqueles de rua. Sem molho, sem nada. Apenas aquele pãozinho relativamente fino
com uma salsicha grossa – com o mesmo o círculo
do pão – um pouco de mostarda e pronto! É excelente, podem apostar. Único
lanche disponível que não chamo de barato, mas que se paga um “volume
baixo” de dinheiro, entre seis a oito dólares.
Meu entusiasmo por viagens, já deu para
perceber. Agora eu canso um pouco mais, mas não vou renunciar o prazer de
viajar, voar, sentir aquele cheiro de perfume francês no interior dos aeroportos e o bafo da queima de querosene dos aviões a jato. Meu
passaporte sempre estará atualizado e colocado logo na primeira gaveta da mesa do escritório! É só pegá-lo e chamar o táxi, porque as malas já estão prontas na porta de saída de casa!
É isso aí Fausto. Viajar sempre é bom e aprende-se muito. Como dizem os fraceses en avant.
ResponderExcluirSempre ótimo mesmo achando bastante melancólico. O título pre anuncia. "Encerrando um Ciclo".
ResponderExcluirVamos lá. Esperando novo ciclo. Bjs
Viajar é o melhor investimento de vida! N. York é uma cidade que a cada vez que vc vai tem sempre coisas a fazer e se aprofundar no que já foi visto. Continue nos deliciando com as suas aventuras!
ResponderExcluirViajar é a vida do Fausto e me presentiou inda a Nyc e muitos lugsres que mem de longe sonhava. Ele aproveita a vida algo que minguém dira dele.
ResponderExcluirMuito bom, meu amigo. Manhattan sempre será a maravilhosa Manhattan. Parabéns por mais este belíssimo texto. Bidart
ResponderExcluirMeu querido Irmão e amigo que tenho a honra e o privilégio de, em momentos dourados, conviver. A leitura de teus escritos me faz viajar um pouco também, esta crônica sobre NY é ímpar, ainda não tive a oportunidade de conhecer a capital do mundo moderno , mas está nos planos. Parabéns mais uma vez pelo belíssimo relato. Três Abraços 🤛
ResponderExcluirParabéns pelos relatos feitos, com uma clareza ímpar! 👏👏👏
ResponderExcluirMeu caro vizinho Fausto, a riqueza da descrição dos detalhes da sua viagem faz a gente viajar por tabela.
ResponderExcluirParabéns!