164) A Tela Azul da Morte.
Semana passada fui ao laboratório da
Empresa que tenho Seguro Saúde, e havia uma multidão aguardando atendimento e
apesar de umas dez grandes poltronas coloridas disponíveis, todas lotadas.
Evidente, parte dessa galera toda aguardando em pé com visível semblante de má
vontade e cansaço. Consegui sentar quando uma executiva falou para todos
ouvirem, como se portasse um microfone:
- Lamentamos o inconveniente, mas nosso sistema está em “Tela
Azul”! Por favor aguardem, porque logo que consigamos blá blá blá...
Fiquei disfarçadamente indignado,
especialmente por não entender nada. Será que é alguma coisa que o Grêmio andou
fazendo? As cores soaram como uma acusação! Senti isso. Afinal, azul é a cor do
meu Clube! Não basta a má fase no Campeonato brasileiro?! Como um “burro
calado parece inteligente”, permaneci sentado em silencio. Serenamente abri meu
whatsup, fazendo cara de quem tinha entendido tudo e como o “paciente tem que
ser paciente”, aguardei mantendo ar de tranquilidade! Mas desconfiado de o
Grêmio ainda ter alguma culpa!
Mais adiante tudo regularizado, fui
cordialmente atendido e “causa finita”! Na busca de informação e atualização,
ficou tudo muito claro: O técnico do Tricolor não tinha culpa em nada... Então socorrido
por amigos conhecedores de informática, soube da tal tela azul da morte,
(BSOD) Trata-se apenas de uma tela de erro exibida quando o sistema operacional
Windows encontra um erro fatal e acaba travando.
Aeroportos pararam, cartões de crédito e
saques pararam, hospitais em alerta, afinal, o Mundo parou. Caos Global.
Prejuízos bilionários foram contabilizados e solução factível ficou
absurdamente distante dos melhores técnicos do Planeta. Como resolver
rapidamente uma falha de hardware, corrupção de arquivos do sistema ou
encerramento de um processo crítico? Demorou. Resolveram, mas custou muito caro,
podem apostar.
Esse é seguramente o resultado da
evolução da Raça Humana no avanço da tecnologia e do uso mais massivo dos
computadores, que tudo facilitam, agilizam, simplificam e barateiam, mas se
subitamente nos tiram tudo isso de uma só vez, o caos se instala de forma
aguda, assustadora e nos desesperamos, pois, o Mundo acabou...
Início da Década de Noventa escrevi por
dois anos, uma coluna semanal sobre Marketing Básico, para um jornal da Região
Metropolitana de Porto Alegre. Fiquei extasiado quando após DATILOGRAFAR a
matéria, tive a novidade de envia-la via “fax”! Que maravilha aquela velocidade
da informação, quase instantânea de sua origem à redação do Jornal!
Na minha visão de presente e futuro, é
reconhecer todo o novo será revolucionário, provocando resistência inicial,
adaptação e na sequência profunda dependência! Aqui eu insisto, exija-se da boa
administração de qualquer empreendimento: “Temos que desenvolver habilidades
para transitar no caos!”
Salve Fausto.
ResponderExcluirNão existe nada como o velho lápis ou caneta e um bom carimbo. Não saía ar NUNCA!
PS: Ivan.
ResponderExcluirTemos todos os dados na mão mas se der pane no sinal não há solução. Por isso continuo fã da máquina de debulhar milho manual.
ResponderExcluirMauro.
Alemão
ResponderExcluirA cada dia vc se supera... está quase como um Alexandre Garcia!!!😂😂😂
Bem que tento ser moderna mas as vezes me revolto qdo tento resolver algo e a recepcionista diz. "sistema fora do ar"... Eita raiva..
ResponderExcluirBaita e atual crônica,! Abç
Pois é, nossa amiga tecnologia... Um dia, há tempos, no INSS, eu estava aguardando um documento quando, de repente, um barulho estranho... A impressora dedicada àqueles documentos travou. Por acaso era uma Lexmark. O pessoal da agência parece que sabia do engasgo da máquina porque logo apareceu um tentando consertá-lo. Mas parece que o defeito era mais sério... Quando vi que nada ia acontecer e eu não iria sair com meu documento, acanhadamente perguntei se podia ver a máquina... Surpreendentemente me disseram que sim. Com cuidado chequei todo o trajeto do papel e vi um pedacinho de papel na frente de um dos sensores óticos.mas fora do trajeto. Poderia ser ele! Pedi um palito ou ferramenta semelhante, dei reset na máquina e ei-la que funciona!!! Apalusos da galera. E por gentileza imprimiram meu documento primeiro... Quanto à tela do grêmio, ela não aparece mais! Vocês foram eficazes com a Microsoft!
ResponderExcluirHoje em dia é fundamental voltar as origens... saber sair das arapucas que a tecnologia, que não é infalível, às vezes nos coloca. Saber andar quando trens e ônibus param, saber escrever à mão quando o computador ou tablet dão pau, ter uma caderneta de telefones porque quando o celular é roubado ou não funciona, perdemos os amigos porque hoje ninguém mais guardar o número de celular de ninguém, né?
ResponderExcluirFazemos parte de uma geração incrível. Saímos dos telefones a manivela para os celulares 5G. Dos carro a gasolina para os a álcool, gás e elétricos. Fazemos parte de 2 séculos e 2 milênios. Será por este motivo que sabemos transitar nos 2 (ou mais) mundos?
ResponderExcluirMeu amigo, hoje estamos totalmente dependente da tecnologia. Ficamos completamente atados quando dá uma pane. Sempre temos que manter as informações como antigamente, escritas em algum lugar. O comentário da Miriam é perfeito, sabemos transitar nos dois mundos.
ResponderExcluirO meu aprendizado aconteceu em meio às limitações impostas pelo ambiente rural dos anos 1950, apesar disso, tenho dificuldade em lidar com os contratempos que a tecnologia oferece.
ResponderExcluirA narrativa expõe uma realidade que a cada dia cria mais dependência com algo que não podemos desconhecer.
Obrigado, meu vizinho Fausto, por nos chamar atenção para um tema tão real!
Está globice de criar um mascote com o nome é uma bobice de transformar nosso
ResponderExcluirsimples gato num gato "afrancesado", cha-
mando-o de "gateau" (pronuncia correta).
Em Francês gato é "chat"! O "gato "que eles
Us
Fausto, eu lembro quando falavam que um dia íamos telefonar e além de falar veríamos a pessoa com quem estivéssemos falando, achava impossível e não é que aconteceu kkk
ResponderExcluirTida
Como eu sempre digo, máquina é muito bom quando funciona ! Com a autoridade de quem foi alfabetizada pela Irmã Romu-
ResponderExcluiralda no Ginásio São José , de Jaguari , no
tempo do caderno de pauta dupla , do
lápis com borracha na ponta de cima.
o lápis
com borra na ponta de cima
Com pandemia foi 100% digital sem plano B hj é necessário pensar no que aconteceu.
ResponderExcluirHoje que consegui ler, estou rindo até agora com o teu censo de humor, aprendi mais uma com a tela azul, gratidão.
ResponderExcluirA tecnologia é maravilhosa. Às vezes, esquecemos que temos humanos falhos que a usam para desenvolver as soluções e aplicativos. Belo texto! Bidart
ResponderExcluirComo sempre, excelente!
ResponderExcluirMuito bom! Somos hoje refens da tecnologia! Beijos
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