Blog do Fausto Diefenbach

166) Olimpíadas?! Não gosto!                         

E é verdade, não gosto porque assisto a tudo o que o tempo me permite e ao vibrar com algumas vitórias, me emociono de tal forma, não resistindo ao derramamento de lágrimas! Daí de não gostar.... Deixando o deboche de lado, é verdadeira minha forte valorização, muito maior desse maravilhoso encontro esportivo mundial, do que o já “mal falado” Campeonato Mundial de Futebol (em termos de assistência pela TV, curiosamente supera as Olimpíadas) e tem em seu maior e mais definitivo destaque, na minha visão, nos cortes, nas cores e penteados de seus cabelos nos atletas do esporte bretão. Ironicamente, sou há dezessete anos, Conselheiro de um dos Grandes Clubes de Futebol no Rio Grande do Sul, e é por isso meu registro de triste nota nas mais absurdas vaidades de alguns atletas de salários incalculáveis!

Olimpíadas, no passado já cessaram guerras para permitir que a disputa se realizar, em meio aos sinais de Paz em nome do esporte. Entretanto, lamentável aproveitarem alguns assassinos inescrupulosos, desrespeitando tudo e todos, “abrindo fogo” contra Nações ali representadas. Inesquecível quando onze atletas Israelenses foram mortos, nos Jogos de Munique em 1972. A repercussão permanece até hoje. Agora em Paris, o barco da Delegação Israelense iniciou tua trajetória completamente vazio, para ser ocupado com seus oitenta e oito atletas, somente durante o trajeto!

O Humano, durante toda essa nossa existência, reservou em seus sentimentos, uma quota de ódio. Com isso, é o único animal a se matar entre si, muita das vezes sem ter a menor ideia da razão de matar ou morrer. Como Soldados ou Guerreiros, apenas cumprem ordem de seus Comandantes!

Voltemos às Olimpíadas. Em primeiro de agosto foi um dia glorioso de se assistir na TV. As meninas disputando a Ginástica Olímpica com maravilhosa demonstração de recuperação de lesões, cirurgias e ainda de origem pobre, algumas quase miseráveis. Do nada subiram vertiginosamente na vida atrás  de um “Podium” de suas milagrosas medalhas! Na disputa desse dia, Simone Biles, americana levou o Ouro, mas ao ver nossa Rabeca Andrade com a prata e a Bandeira Verde e Amarela sendo hasteada, emociona a todos! E no Solo, foi o máximo, foi Ouro! Daí minhas lágrimas sinceras! Emoção que enche o coração de alegria e orgulho, como entendo merece ser vivido! Basta imaginar a luta feroz contra todas as dores e resistências do corpo surrado do treinamento constante e severo por quatro longos anos! Bandeira do Brasil no alto com nosso Hino, nos lembra Ayrton Senna, Pelé, Eder Jofre e outros tantos Heróis do Esporte Nacional!

É claro que a derrota massacra a grande maioria, afinal, Medalha de Ouro é única. Mas como tudo na vida, o amargor prepara para uma sublime exaltação da doce vitória! Justamente nesse ponto, valorizo o esporte competitivo, individual ou coletivo, pois se trata de uma preparação à Vida com seus picos e vales! Administrar a queda é a melhor atitude a nos preparar e elevar ao topo de nossas realizações! A verdadeira valorização do sucesso, depende fundamentalmente do tamanho do sofrimento da senda que escolhemos. Estou convicto nesse tipo de pensamento, especialmente quando enfrento as duras e naturais dificuldades na minha caminhada, “resmungo”, reclamo para depois “berrar” exaltando as alegrias do sucesso e da Vida!